Reflexões de final de ano

terça-feira, novembro 29, 2005

Eu tenho falado que 2005 foi um dos piores anos da minha vida. Começo a pensar que tenho sido um pouco injusta... Realmente, não foi um ano muito fácil. Nunca passei tanto tempo desempregada e sem dinheiro. Entro e saio de estados de depressão o tempo todo, como uma montanha russa de emoções, também por causa do desemprego. Ao olhar para a minha vida hoje, me vejo de um jeito que eu nunca quis ver: em casa o dia inteiro, cuidando das tarefas domésticas e de criança.

Mas também tem o outro lado da situação. Entro e saio das minhas "depressões" porque aprendi a aceitar meus momentos de tristeza, então eles não duram muito. Vivi de perto cada uma das evoluções do Vítor e posso dizer que ensinei a ele cada coisa que ele sabe, desde escovar os dentes até velejar - coisas que acabariam sendo feitas pela (ex) babá ou pelas (ex) tias da creche. Consegui finalmente terminar minha monografia e me formar em jornalismo, depois de 9 anos na faculdade. Encontrei o amor da minha vida e, a despeito dos milhares de questionamentos que tenho comigo mesma acerca disso, estamos muito e muito felizes. Voltei a acreditar em felicidade a dois, em casamento e em viver junto até ficar velhinha... Este foi o lado bom de 2005.

Além disso, estou tendo que aprender a modificar meus milhares de defeitos para poder viver ao lado do homem que eu amo. Não que ele se incomode tanto assim com eles - ele é a pessoa mais tolerante e amorosa que eu já conheci. Mas eu é que não consigo mais viver deste jeito. Então, pouco a pouco, eu vou me reinventando (para melhor, espero).

Não vou mentir: ainda quero (muito) que 2006 seja melhor. Quero e preciso disso. Mas também posso garantir uma coisa: estou entrando em 2006 com mais maturidade, com outra visão do mundo e das coisas. Afinal de contas, como dizem por aí, só aprendemos quando sofremos...

1 comentários:

Anônimo disse...

Ai, que post lindo! Você estava inspirada, hein, amiga?!
Olha, é assim mesmo, o fato de você estar sem trabalho te fez educar teu filhote, acompanhar uma fase linda da vida dele, que nunca irá voltar. As coisas do coração, são assim mesmo, te vejo super madura e xonada! Q bom, né?!
Tô passando pela mesma fase...