quinta-feira, maio 04, 2006
"Trabalhei com cerveja importada durante muitos anos. Durante todo esse período não encontrei uma só pessoa que se deleitasse falando longas horas sobre o processo de elaboração da cerveja, sobre a origem e qualidade do lúpulo ou sobre a exata localização das nascentes das águas usadas em sua fabricação.
Cerveja as pessoas simplesmente tomam, apreciam e curtem. Ponto final. Com vinho, não. Há uma curiosa necessidade de discursar sobre o assunto, de dizer quais os aromas percebidos, de falar longamente sobre a árvore genealógica do "wine maker" (vinhateiro) e transformar toda aquela lenga-lenga em uma longa tortura para os não iniciados.
A cada nova degustação de vinhos percebo um número crescente de pessoas que se iniciam nesse mundo. E outros milhões que se afastam, com medo da frescura em torno do produto ser contagiosa.
Vinho é um produto como outro qualquer. Basta apreciar, definir o seu próprio gosto e partir em busca de novas aventuras. Nesse longo processo você vai tomar muito vinho ruim e/ou que não agrada ao seu paladar. Faz parte! Uma das maneiras de descobrir o seu gosto é definir aquilo que lhe desagrada. E ninguém pode ditar o que é bom para você.
Mas não queira usar o vinho como tema para demonstrar falsa erudição. Nada mais chato. Ninguém tem paciência para aquela pessoa que faz um curso de vinhos e sai teorizando a cada gole de vinho dado por alguém ao lado. Tem coisa mais irritante?
Portanto, na próxima festinha com os amigos ou quando for apontado pela turma para escolher o vinho no restaurante, faça-o com discrição e com a naturalidade própria dos sábios. E, se o número de enochatos continuar aumentando, sugiro nos unirmos e gritarmos uníssono: Basta!!!! Abaixo os enochatos!!!"
Autora: Tatiana Duailibe (Correio Web)
---------------------------------------------------Cerveja as pessoas simplesmente tomam, apreciam e curtem. Ponto final. Com vinho, não. Há uma curiosa necessidade de discursar sobre o assunto, de dizer quais os aromas percebidos, de falar longamente sobre a árvore genealógica do "wine maker" (vinhateiro) e transformar toda aquela lenga-lenga em uma longa tortura para os não iniciados.
A cada nova degustação de vinhos percebo um número crescente de pessoas que se iniciam nesse mundo. E outros milhões que se afastam, com medo da frescura em torno do produto ser contagiosa.
Vinho é um produto como outro qualquer. Basta apreciar, definir o seu próprio gosto e partir em busca de novas aventuras. Nesse longo processo você vai tomar muito vinho ruim e/ou que não agrada ao seu paladar. Faz parte! Uma das maneiras de descobrir o seu gosto é definir aquilo que lhe desagrada. E ninguém pode ditar o que é bom para você.
Mas não queira usar o vinho como tema para demonstrar falsa erudição. Nada mais chato. Ninguém tem paciência para aquela pessoa que faz um curso de vinhos e sai teorizando a cada gole de vinho dado por alguém ao lado. Tem coisa mais irritante?
Portanto, na próxima festinha com os amigos ou quando for apontado pela turma para escolher o vinho no restaurante, faça-o com discrição e com a naturalidade própria dos sábios. E, se o número de enochatos continuar aumentando, sugiro nos unirmos e gritarmos uníssono: Basta!!!! Abaixo os enochatos!!!"
Autora: Tatiana Duailibe (Correio Web)
P.S.: Pérola descoberta e enviada pela minha irmã, Paulinha.
1 comentários:
Quase todo mundo acha chic dizer q gosta e compra vinho velho (quanto mais velho, melhor, dizem) e caro (quanto mais caro o povo mais se orgulha). Gostei do termo "frescura" do post!
Eu e meu amor somos os únicos no mundo (q eu conheço) q amamos vinho docinho, como tal, qualquer um "suave" agrada e, aleluia, são baratinhos!!! UEBA!
Já fui a degustação da Miolo, recusei 4 taças (seco é "uó") e taquei adoçante na 5ª senão sairia desidratada. rsss
Eu sou muito assumida.
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