Mãe coruja

segunda-feira, dezembro 17, 2007


O pequenino vai aparecer no programa de fim de ano do PTB, que vai ao ar entre os dias 25 e 27 de dezembro!!

Pérolas do jornalismo

"Nascido em Formosa do Rio Preto, Bahia, ele só tinha duas opões: matar ou roubar para comer. No entanto, ele preferiu trabalhar".

Correio Braziliense - 17/12

Não eram só duas? De onde surgiu essa terceira aí?

terça-feira, dezembro 11, 2007

Desta vez o sumiço foi longo. Confesso que eu não estava muito bem para escrever. Foram algumas semanas em que estive meio sumida de tudo e de todos, um pouco triste. Eu descobri, no começo de novembro, que tenho uma doença chamada ceratocone. É uma doença degenerativa da visão, na qual a córnea vai, gradativamente, ficando em forma de cone.

O primeiro médico que eu fui me deu um susto. Eu tinha ido até lá achando apenas que tinha mudado de grau e ele me joga essa bomba, completando ainda que achava que eu não ia chegar ao ponto de precisar de um transplante. Eu fiquei atônita! Como assim transplante?? Eu chego lá pra mudar meu grau e ele me fala em transplante?

Então fui pesquisar mais sobre a doença e procurar outro médico. Pra resumir a história, o primeiro médico fez os exames de modo errado, pois eu não poderia ter tirado a lente imediatamente antes do exame, como foi feito. Mas os novos exames - feitos em outra clínica e com outro médico, lógico - confirmaram o diagnóstico.

Esse processo todo - da primeira consulta e primeiros exames, até chegar no dia da consulta com o concorrido especialista em córneas - levou semanas. Semanas em que eu variava entre o estado "aguardando" para o estado "choroso". Meu medo não é de ter que fazer um transplante, embora isso não seja muito agradável mesmo. Meu medo é de que minha visão se deteriore a um ponto em que eu não possa mais ter a independência que tenho hoje. Afinal, meu trabalho é completamente visual, preciso dos meus olhos para trabalhar.

De qualquer modo, os exames diagnosticaram que tenho ceratocone em grau 1 no olho direito e grau 2 no olho esquerdo. Como é um ceratocone relativamente inicial, pode ser corrigido com a lente de contato rígida. À medida que a doença vai avançando, as lentes não conseguem mais ficar no olho, então são necessárias outras formas de correção da visão. A última etapa, em um grau realmente avançado da doença, é necessário o transplante. Pela minha idade, o médico acredita que o meu ceratocone não vai avançar muito. Mas nada é certo.

Não tem como o médico dizer com certeza "não vai mais avançar". De acordo com as pesquisas, a doença costuma estabilizar entre os 30 e 40 anos. De acordo com as minhas pesquisas, diversas pessoas com mais de 30 e até com mais de 40 continuam a ter avanço no ceratocone.

De qualquer forma, qualquer um dos tratamentos não cura a doença e nem segura a sua evolução. Apenas corrige o sintoma, que é a falta de acuidade visual. Então, tudo o que eu posso fazer é corrigir minha visão e aguardar. Claro que, em algum momento, vou começar a esquecer tudo isso e viver normalmente - até o próximo exame, que tem que ser repetido anualmente.

Enquanto isso, vou me adaptando aos meus novos óculos - fazia mais de uma década que eu não usava óculos, só lentes de contato - e, em breve, às minhas futuras lentes rígidas. E vamos seguindo...