Para os meus amigos

segunda-feira, outubro 31, 2005

Acho mel tão gostoso
Você acha horroroso
Mas gosto de você, você de mim

Gosto de andar descalço
Você não faz o que eu faço
Mas bons amigos vivem bem assim

Você se perde dos seus pais
O sorvete as vezes cai
Nossa amizade vai continuar

Eu me amarro em mostarda
Você acha enjoada
Mas gosto de você, você de mim

Eu gosto de fazer faxina
Isso nunca te fascina
Mas bons amigos vivem bem assim

O cavalo se machuca
Alguém perde a peruca
Nossa amizade nunca vai morrer

Tão gostoso é pescar
Você só pensa em brincar
Mas gosto de você, você de mim

Gosto de uma soneca
Você quer jogar peteca
Mas gosto de você, você de mim
Eu gosto de você, você de mim

Tirado do dvd "Hora de dormir" do "Urso na Casa Azul", que é exibido exaustivamente aqui em casa pelo baixinho.

Recordações

domingo, outubro 30, 2005


Achei esta foto, de quando eu estava com 7 meses de gravidez. Eu gosto tanto dela! Não sinto muita falta de quando eu estava grávida (passei mal pra caramba), mas sempre gostei do efeito estético que a gravidez causa...rs

sábado, outubro 29, 2005


"Lá fora a sorte entrando enquanto aqui
Reflete a lua em nossa cama
E a vida segue assim
Tão docemente vista da sacada da varanda
Eterna, plena, adormecida sobre as ondas
E eu vizinho de uma estrela
Adoro vê-la iluminando o meu pedaço
Foi Deus quem me mandou seguir seus passos
Pensando bem, a lua tem seus traços
E o céu desaba em nosso corredor
Esse é o nosso amor"
Novos Tempos - Jorge Aragão

Vizinhança

sexta-feira, outubro 28, 2005


Eu moro em um prédio muito tranqüilo. Desde que meus vizinhos "barraqueiros" se mudaram, nunca mais houve nem uma briguinha por aqui. E olha que eles eram de lascar: de madrugada a mulher estava berrando com os filhos, porque alguém mudou sei lá o quê de lugar: JÁ FALEI QUE NÃO QUERO QUE MUDEM NADA DE LUGAR!!!! JÁ FALEI!!! VOU TE ENCHER DE PORRADA!!! Agora está tudo muito mais calmo e a coisa mais diferente que acontece é quando a gata dos novos vizinhos resolve fugir de lá e vir dar uma voltinha na minha janela. Com toda quietude do mundo.

Bem, mas o mesmo não pode ser dito do prédio da frente. Há uma semana, saí com o meu namorado e, quando já estávamos estacionando no prédio dele, lembro que esqueci em casa a camisa dele que eu havia pego na lavanderia. Voltamos para a minha casa. Ia ser rápido, então parei o carro atrás dos outros estacionados, deixei o Gu no carro e subi. Com minha visão periférica vi uma mulher conversando com um cara no prédio da frente, cada um de um lado do portão, mas não deu importância alguma. Nem preciso dizer que quando cheguei em casa, passei a dar importância, já que a conversa havia se transformado em algo muito mais exaltado. Perguntei à minha mãe se ela sabia o que estava acontecendo. Sem respostas: ela estava era cochilando na frente da tevê e ainda me perguntou "que briga?"

Peguei rápido a camisa e fui para a porta. Quando passei pela janela da sala, a mocinha estava meio que cambaleando no meio da rua, em direção ao MEU carro. O Gu dentro, com cara de "o que eu faço agora?". Desci rápido e ela ainda estava zanzando pelo mesmo lugar. Foi o tempo de colocar a camisa no carro, sentar no meu banco e ligar o carro. Como um raio, desce uma mulher e vai com tudo para dar uns tapas na mocinha, que de tão ruim só desviava, andando de costas. Não esperei pra ver mais e fomos embora.

No dia seguinte, minha mãe me inteirou do resto da fofoca: a mulher bem que tentou dar uns tapas na mocinha, mas o filho não deixou. Depois, apareceu um cara de carro que enfiou a mocinha lá dentro e foi embora, não sem muito esperneado e gritos. Assim que o cara saiu, apareceu a polícia, que conversou com a mulher. E minha mãe, claro, ouvindo tudo (nem que ela não quisesse...rs). De acordo com as explicações dadas aos policiais, a mocinha estava tocando sem parar o interfone da mulher, que já estava dormindo naquela hora, dizendo que lá era ponto de drogas. Quando a mulher se encheu e levantou. O resto a gente já sabia.

Bom foi o final! Os policiais para a mulher: "Senhora, se ela aparecer novamente, pode nos ligar". E a mulher: "Se ela aparecer de novo, pode vir com o rabecão!" Não dá pra negar que a gente se diverte...

Ah, mas ainda não acabou! Esta semana, um dos moradores do mesmo prédio da frente resolveu "expulsar o demônio" que estava em alguém, em alto e bom som, por volta de 8 da noite. Ainda era um demônio surdo, pelo volume em que falavam e cantavam para ele. No começo, fiquei brava com a barulheira. Depois me lembrei que aquela era a mesma casa onde um povo passa o dia ouvindo músicas de "boa qualidade", como funk e pagode brega, entre outros. E cheguei à conclusão de que deveria ser o mesmo demônio surdo, já que as músicas são escutadas no maior volume possível. E achei que se aturar aquela sessão de descarrego era o preço a pagar para não ouvir mais aquelas músicas, seria até barato...

Tecla SAP

quarta-feira, outubro 26, 2005

Este é o dum-dum (violão):


Esta é a Ninha (Estrelinha):

Este é o Narni (Barney):

Este é o Aagão (Aragão):

E este, o Cuco de Quital (Fundo de Quintal), ou somente Tal:

E eu, como pobre mãe obrigada a entender tudo isso, ando pensando seriamente em pedir ao INMETRO que obrigue todas as crianças a virem de fábrica com a tecla SAP...

A sua capacidade

Ontem eu acordei com a sensação de que as coisas, finalmente, iam começar a dar certo. Hoje de manhã, recebi esta mensagem por e-mail:

Você terá prazer em descobrir, agora, uma força extraordinária,
pronta para agir dentro de você e eliminar os problemas.

A convicção de ser forte, a confiança na eficácia da força e o
amplo campo de sua utilização darão a você enorme satisfação
e o desejo de se conhecer melhor e caminhar firme, de ter mais
paz e de chegar a prosperidade total.

Confie na sua capacidade, na sua vontade, no seu poder de realização
e verá serem muito maiores do que imaginava, assim como serão
maiores o bem-estar e a alegria que deles provêm.

Nenhum problema é maior do que a força que há em você.

Lourival Lopes
Extraído de "Otimismo todo dia"

Mulheres modernas e seus homens antiquados

segunda-feira, outubro 24, 2005

Hoje recebi um texto interessante. Lá, dizia que o autor era o Arnaldo Jabor, mas tenho minhas sérias dúvidas quanto a isso. Não me parece ser o estilo dele e uma busca no Google não me deu indícios suficientes para tirar uma conclusão.

Como já vi de tudo nesta net, vou considerar o autor como desconhecido e dividir o conteúdo, que é o mais importante no momento. Se alguém souber quem escreveu, avise-me que ficarei feliz em divulgar.

Mulher moderna
(autor desconhecido)

Você homem da atualidade, vem se surpreendendo diuturnamente com o "nível" intelectual, cultural e, principalmente, "liberal" de sua mulher, namorada e etc... Às vezes sequer sabe como agir, e lá no fundinho tem aquele medo de ser traído - ou nos termos usuais -"corneado". Saiba de uma coisa... esse risco é iminente, a probabilidade disso acontecer é muito grande, e só cabe a você, e a ninguém mais evitar que isso aconteça - ou então - assumir seu "chifre" em alto e bom som.

Você deve estar perguntando porque eu gastaria meu precioso tempo falando sobre isso. Entretanto, a aflição masculina diante da traição vem me chamando a atenção já há tempos. Mas o que seria uma "mulher moderna": a princípio seria aquela que se ama acima de tudo, que não perde (e nem tem) tempo com/para futilidades, é aquela que trabalha porque acha que o trabalho engrandece, que é independente sentimentalmente dos outros, que é corajosa, companheira, confidente, amante... é aquela que as vezes tem uma crise súbita de ciúmes mas que não tem vergonha nenhuma em admitir que está errada e correr pros seus braços... é aquela que consegue ao mesmo tempo ser forte e meiga, desarrumada e linda... enfim, a mulher moderna é aquela que não tem medo de nada nem de ninguém, olha a vida de frente, fala o que pensa e o que sente, doa a quem doer...

Assim, após um processo "investigatório" junto a essas "mulheres modernas" pude constatar o pior. VOCÊ SERÁ (OU É???) "corno", ao menos que:

Nunca deixe uma "mulher moderna" insegura. Antigamente elas choravam. Hoje, elas simplesmente traem, sem dó nem piedade.

Não ache que ela tem poderes "adivinhatórios". Ela tem de saber - da sua boca o quanto você gosta dela. Qualquer dúvida neste sentido poderá levar às conseqências expostas acima.

Não ache que é normal sair com os amigos (seja pra beber, pra jogar futebol...) mais do que duas vezes por semana, três vezes então é assinar atestado de "chifrudo". As "mulheres modernas" dificilmente andam implicando com isso, entretanto elas são categoricamente "cheias de amor pra dar" e precisam da "presença masculina". Se não for a sua, meu amigo... bem...

Quando disse que vai ligar, ligue, senão o risco dela ligar pra aquele ex-bom de cama é grandessíssimo.

Satisfaça-a sexualmente. Mas não finja satisfazê-la. As "mulheres modernas" têm um pique absurdo com relação ao sexo e, principalmente dos 20 aos 38 anos, elas pensam - e querem fazer sexo TODOS OS DIAS (pasmem, mas é a pura verdade)... bom, nem precisa dizer que se não for com você...

Lhe dê atenção. Mas principalmente faça com que ela perceba isso. Garanhões mau (ou bem) intencionados sempre existem, e estes quando querem, são peritos em levar uma mulher às nuvens. Então, leve-a você, afinal, ela é sua ou não é?

Nem pense em provocar "ciuminhos" vãos. Como pude constatar, mulher insegura é uma máquina colocadora de chifres. ¿ Em hipótese alguma deixe-a desconfiar do fato de você estar saindo com outra. Essa mera suposição da parte delas dá ensejo ao um "chifre" tão estrondoso que quando você acordar, meu amigo, já existirá alguém MUITO MAIS "comedor" do que você... só que o prato principal, bem... dessa vez é a SUA mulher.

Sabe aquele bonitão que, você sabe, sairia com a sua mulher a qualquer hora. Bem... de repente a recíproca também pode ser verdadeira. Basta ela, só por um segundo, achar que você merece... Quando você reparar... já foi.

Tente estar menos "cansado". A "mulher moderna" também trabalhou o dia inteiro e, provavelmente, ainda tem fôlego para - como diziam os homens de antigamente "dar uma", para depois, virar do lado e simplesmente dormir.

Volte a fazer coisas do começo da relação. Se quando começaram a sair viviam se cruzando em "baladas", "se pegando" em lugares inusitados, trocavam e-mails ou telefonemas picantes, a chance dela gostar disso é muito grande, e a de sentir falta disso então é imensa. A "mulher moderna" não pode sentir falta dessas coisas... senão... Bem amigos, aplica-se, finalmente, o tão famoso jargão "quem não dá assistência, abre concorrência".

Deste modo, se você está ao lado de uma mulher de quem realmente gosta e tem plena consciência de que, atualmente o mercado não está pra peixe (falemos de qualidade), pense bem antes de dar alguma dessas "mancadas"... proteja-a, ame-a, e, principalmente, faça-a saber disso. Ela vai pensar milhões de vezes antes de dar bola pra aquele "bonitão" que vive enchendo-a de olhares... e vai continuar, sem dúvidas, olhando só pra você!

quinta-feira, outubro 20, 2005

É engraçado reparar como as pessoas querem dos outros o que não conseguem nem de si mesmas. Um bom exemplo é quando querem que você seja forte o tempo todo. Ninguém é forte o tempo todo! Além disso, há uma grande diferença entre ficar enfiado em um quarto, deprimido e sem querer sair e sentir-se frágil de vez em quando, chorar e ficar chateado por conta de um problema.
Houve um tempo em que eu achava que podia ser a "Mulher Maravilha". Trabalhava em 4 empregos: trabalhava em uma empresa de transporte aéreo de manhã e em uma agência de notícias de tarde, de segunda a sexta. Nos sábados e domingos de manhã eu dava aula de iatismo para crianças e de tarde dava aula para adultos. Além disso, estudava à noite. Aguentei 6 meses. Um belo dia tive um ataque e larguei tudo. Fui embora pra Pernambuco participar da Regata Recife-Fernando de Noronha, depois fui para Salvador e depois para o Rio. Aí voltei renovada, mas nunca mais fiz isso novamente.
Sempre me considerei uma pessoa forte, as vezes até quando eu não queria ser. Mas também sempre me permiti ter meus momentos de tristeza, de chororô. Nem sempre foi por ter consciência de que é preciso desabafar, mas porque se eu não fizesse isso, enlouqueceria. Era como se aquilo fosse crescendo dentre de mim de tal modo, que chegava um momento em que eu me sentia como se fosse estourar. Nesta horas, eu me enfiava no quarto e me permitia ter algumas horas de depressão. Depois, era como se eu estivesse pronta para começar tudo novamente. E passei por tantos momentos difíceis, que esses momentos é que me fizeram ter forças para seguir em frente, como em minha gravidez por exemplo.
Em alguns relacionamentos, fiquei impressionada em ver como os namorados - que me conheceram como uma "mulher forte" - se transformavam ao me ver em um dia frágil. E não era exatamente uma transformação positiva: era como se fosse um absurdo eu ser capaz de chorar! Não preciso nem dizer que estes relacionamentos não foram muito adiante, preciso? Se você está com uma pessoa e está apaixonada, não deveria ser necessário manter as máscaras que utilizamos no dia a dia. Costumo dizer que é preciso despir a armadura de vez em quando. Se a pessoa que está ao seu lado não consegue compreender isto, talvez ela não seja a pessoa certa para ocupar este lugar.
"Na primeira vez em que ela chorou perto dele, ela tentou disfarçar. Deitados lado a lado, na penumbra, ela deixava que as lágrimas caissem silenciosamente, sem fazer alarde. Mesmo assim, ele percebeu e a abraçou mais forte. Então, tudo aconteceu como em uma enxurrada. De repente, ela estava contando tudo o que a incomodava e a magoava, tudo que estava fazendo pressão em seu coração e que estava impulsionando as lágrimas a cair. Contou coisas que nunca havia contado a ninguém e chorou como nunca havia chorado na frente de ninguém. Ele não falou nenhuma palavra até que ela terminasse tudo. Apenas acariciava seus cabelos com ternura. E então, quando ela finalmente parou, ele virou para ela e disse: 'Não se preocupe, você não está mais sozinha. Nunca mais'. E ela soube que finalmente havia encontrado o seu lugar..."

Do fundo do baú

quarta-feira, outubro 19, 2005

Ontem reencontrei meus amigos da "velha guarda" do extinto Bar do Beto (atualmente, Gambar). No meio de tantas músicas maravilhosas, fui "apresentada" a esta:

A Banca do Distinto
(Billy Blanco)

Não fala com pobre, não dá mão a preto
Não carrega embrulho
Pra que tanta pose, doutor?
Pra que esse orgulho?
A bruxa que é cega esbarra na gente
E a vida estanca
O enfarte lhe pega, doutor
E acaba essa banca
A vaidade é assim, põe o bobo no alto
E retira a escada
Mas fica por perto esperando sentada
Mais cedo ou mais tarde ele acaba no chão
Mais alto o coqueiro, maior é o tombo do coco
Afinal, todo mundo é igual quando a vida termina
Com terra em cima e na horizontal

segunda-feira, outubro 17, 2005

Li este texto há muito tempo. Ele está em um livro do qual gosto muito e que tenho há 5 anos. Foi o primeiro que li da Iyanla Vanzant, uma escritora americana, que considero um exemplo de perseverança. Nasceu negra e pobre, sua mãe morreu cedo, foi criada pela avó paterna, que a espancava regularmente. Mesmo assim, venceu na vida. Sofreu muito, mas um dia venceu.

Esta semana, lembrei deste texto duas vezes, em duas conversas diferentes. Então, resolvi "desenterrá-lo" e publicá-lo aqui. Acho que vale a pena dividí-lo.

"Mais cedo ou mais tarde, todos temos que aceitar o fato de que, em um relacionamento, a única pessoa com a qual estamos lidando somos nós mesmos. Nosso parceiro não faz nada além de nos revelar o que sente. Seu medo! Sua raiva! Sua forma de agir! Suas loucuras! Enquanto insistimos em apontar o dedo para ele, continuamos a perder a oportunidade de nos livrarmos de nossos problemas. Aqui vai uma preciosa dica: amamos nos outros o que amamos em nós mesmos. Rejeitamos nos outros aquilo de que não gostamos, mas não conseguimos ver em nós mesmos. Frequentemente, quando uma relação vai mal, ficamos cegos ou resistentes em relação aos nossos próprios problemas, fazendo um esforço extraordinário para descarregar tudo na outra pessoa. As pessoas resistem em deixar que descarreguemos nossos problemas no seu colo porque, com muita frequência, também são os problemas delas - os problemas que não conseguem ou não querem ver. Resistem brigando ou fugindo. Agora preste atenção no que vou dizer: por mais absurdo que pareça, a pessoa que fica para brigar conosco (isto não significa briga física) normalmente é a que realmente nos ama. Nos ama e está disposta a lidar conosco e com nossos problemas porque deseja investir no fortalecimento mútuo."
Iyanla Vanzant (retirado do livro Enquanto o Amor não vem)

Pai de quem?

Voltávamos todos de uma excelente velejada. No carro estávamos eu, o Vítor, minha irmã e meu cunhado. Começo uma conversa com meu pai:

- Pai, o vento quase...

E o Vítor quase junto:

- Pai!!

Viro pra ele e falo:

- Ele não é seu pai. É meeeeeu pai (e batendo no peito, para enfatizar)

E ele não perde tempo! Bate no peito também e fala:

- Meeeeeeeu pai!!!!

Se acabou? Claro que não!! Hoje de manhã, meu pai andando de um lado para o outro na casa, arrumando a mala para viajar a serviço e o Vítor andando atrás e falando:

- Pai, pai.

Até a hora em que o avô pára e olha pra ele. Aí ele olha pra minha irmã, bate no peito e fala:

- Meeeeeu pai!!

Gargalhadas por toda a parte. Não tem jeito...


Cansei!!

quinta-feira, outubro 13, 2005

Mudei tudo por aqui. Cansei daquele lay-out lindo, mas que me prendia de uma forma horrosa! Sem possibilidade de comentários dos leitores e outras coisas mais, além de me dar um trabalhão horrível toda vez que eu tinha que mudar alguma coisa. Agora vou ficar mesmo com este lay-out espartano, mas funcional... não ando com cabeça para coisas difíceis.


E por falar em coisas difíceis, ando aprendendo muito nos últimos tempos. Um dos novos aprendizados foi sobre como é fácil ter fé quando tudo está bem. Quando as coisas apertam, a primeira coisa que fazemos é perguntar a Deus: por que eu?? Por que logo comigo? Eu fiz isso uma vez, há 5 meses. E estou me controlando para não fazer novamente. Porque da outra vez, quando a tempestade passou, eu pude ver qual era a lição, mas apenas ao final. E agora preciso ter fé e acreditar que quando tudo terminar, também verei a lição da vez. Preciso ter paciência para viver um dia de cada vez e acreditar que uma hora (que eu não sei qual, este é o grande problema), a luz vai voltar, como já aconteceu outras vezes. O problema é que a noite sempre parece muito mais longa e penosa...

A vaga que iria aparecer pra mim, já não vai mais. Preciso lidar com mais esta frustração. Não sou o tipo de pessoa que fica em casa, olhando o tempo passar. Mas nos últimos tempos me pego sem conseguir resolver um único problema! Eles estão se acumulando, aumentando a lista que fiz no caderninho que comprei para escrever meu livro - mais uma coisa inacabada, que não tenho ânimo para continuar. A fé deveria me dar forças para seguir a caminhada, mas também neste ponto tudo é muito frágil. Acredito, mas sem muita convicção, o que não ajuda muito. E também não sei muito o que fazer: sair batendo de porta em porta entregando o meu currículo? Colocar um anúncio no jornal?? Aceitar uma vaga de copeira??? Já coloquei meu currículo em todos os sites que eu conheço e em outros dos quais eu nem sabia da existência. Já mandei e-mail para vagas de recepcionista, secretária, assistente e etc. Mas para estas, sou "qualificada demais". Já mandei e-mail para vagas de jornalista, assessora e redatora. Mas para estas, não preencho todos os requisitos...

Em que momento da minha vida as coisas começaram a dar errado deste jeito? E porque? São perguntas que me faço todas as noites antes de dormir, e que somo a outras do tipo "o que é imprescindível ser pago este mês?" e conclusões do tipo "é melhor me conformar que meu nome vai parar no SPC novamente". E por mais que eu tente evitar, estas questões me assaltam todas as noites. Por mais que eu tente não pensar, não consigo fugir destas preocupações.

Aprendi uma vez que não adianta se preocupar com o que não tem solução - não tem solução mesmo! E que não adiantava se preocupar com o que tem solução - se tem solução, não é mais um problema. Mas e quando não se sabe a solução? E quando não se sabe se tem solução, o que se faz? Eu sei que se preocupar não vai resolver, mas então, o que fazer??

Vou ter que terminar assim, com tantas perguntas sem respostas. Porque as frases: "não se preocupe, algo vai aparecer", "eu tenho certeza de que você vai conseguir algo", "isso é temporário", entre outras, são recheadas de boas intenções, mas não me ajudam mais...

Sofrimentos, angústias, depressões, mal-estares?

Tudo pode ser eliminado através da fé pura.

Com fé, você desloca a raiz de toda dor e elimina o estado
de prostração. Traz alívio à alma ulcerada.

Coloque-se diante de Deus e diga:

"Pai, eu sei que Tu me amas. Que Tu me criaste.
Que só queres o meu bem.

Pai, aqui estou para Te pedir: Dá-me a coragem e a força
para resistir. Faz brotar em mim a genuína paciência.
Reveste-me de Teu amor sacrossanto".

E Deus agirá sobre você.

Siga a vida com fé e tenha apenas
boas recordações dos seus dias.

Lourival Lopes
Extraído de "Gotas de esperança"

FÉ CRISTÃ
Emmanuel


Se estás na fé cristã e esperas tão-somente: caminhos sem problemas, paz sem obrigações, dias de céu sempre azul, vantagens sem trabalho, conquistas sem suor, direitos sem deveres, apoio sem serviço e vida sem provações, lembra-te de Jesus.

Quando alguém deseja realmente auxiliar, em favor de outro alguém, conserva a certeza de que a Bondade de Deus doar-lhe-á os meios justos e lhe apontará o caminho.


Livro Agenda de Luz - Francisco Cândido Xavier

Um pouco de humor

terça-feira, outubro 11, 2005

Estou precisando alegrar o meu dia... Então, aí vai uma música bem humorada, do Fundo de Quintal. Machismo puro, mas com muito humor! rs

E eu não fui convidado

Eu não sou culpado meu bem
Que seu novo amor tem pavor do passado
Comprei camisa de seda, terno de linho importado
Dei molho novo ao cabelo, fiz um pisante invocado
Mas você se casou e eu não fui convidado

Vou lhe dizer o que eu acho
Sem nenhum constrangimento
Quem tem teto muito baixo
Não se mete em casamento
Diga pro seu novo amor
Essa ele tem que saber
Quero cinqüenta por cento
Do investimento que eu fiz em você

Eu não sou culpado meu bem
Que seu novo amor tem pavor do passado
Comprei camisa de seda, terno de linho importado
Dei molho novo ao cabelo, fiz um pisante invocado
Mas você se casou e eu não fui convidado

Vou lhe contar uma história
Do meu tempo de garoto
Quem tem cabra que segure
Porque o meu bicho tá solto
Diga pro seu novo amor
Que ele é um tremendo pastel
Quero um pedaço do bolo
Se não vai dar rolo essa lua-de-mel

Eu não sou culpado meu bem
Que seu novo amor tem pavor do passado
Comprei camisa de seda, terno de linho importado
Dei molho novo ao cabelo, fiz um pisante invocado
Mas você se casou e eu não fui convidado

Vou lhe dizer outra coisa
Sem ter medo de resposta
Quem teme águas passadas
Não nada em rio de costas
Diga pro seu novo amor
Que eu não fui e não gostei
Ninguém vai cortar a fita
Da obra bonita que eu inaugurei

Eu não sou culpado meu bem
Que seu novo amor tem pavor do passado
Comprei camisa de seda, terno de linho importado
Dei molho novo ao cabelo, fiz um pisante invocado
Mas você se casou e eu não fui convidado

A volta

terça-feira, outubro 04, 2005

Voltei. Seria apenas uma semana, que transformei em quase 15 dias. Juiz de Fora tem poderes especiais sobre mim. Aquela cidade tem o dom de me fazer refletir, de me dar as respostas, de clarear a minha mente e de curar as minhas feridas. Talvez porque lá eu esteja longe dos problemas (apesar deles ainda existirem). Talvez porque lá eu me dê tempo para pensar neles com calma. Talvez porque minha casa lá esteja repleta de boas energias (minha família está sempre de bom astral). Talvez, talvez...

Nas primeiras noites eu ainda chorava. Colocava o Vítor para dormir, pegava um cobertor (fez um frio de rachar!), ia para o banquinho (sempre fico em um quarto no andar de cima, que dá para um terraço) e olhava a cidade. As lágrimas não paravam de correr! "Como eu vou pagar as minhas contas este mês?", "O que eu fiz de tão errado para não conseguir um emprego?", "Quando vou conseguir colocar tudo no lugar??". Até que resolvi que me preocupar com isto não iria me trazer um emprego e nem pagar minhas contas. E resolvi que me preocuparia com isso quando voltasse. Enquanto estivesse lá, aproveitaria.

Mas as outras questões vieram à minha mente também. Meu coração andava em desalinho e eu não tinha a resposta para colocar as coisas no lugar. Se eu o amo? Sim, eu o amo. O amo e tenho certeza de que sou correspondida à altura. Não é ausência de amor que confunde a minha cabeça e sim tantas e tantas diferenças entre nós. As vezes é como se fossemos o oposto um do outro. E ao mesmo tempo somos tão iguais... Não entendeu? Nem eu consigo... Eu amo o mar, barcos, frutos do mar, acampar, samba e não dou tanta importância ao dinheiro. Ele nunca entrou em um barco, odeia tudo que vem do mar, gosta de rock, nunca entrou em uma cachoeira e é a única pessoa que eu conheço que termina o mês com dinheiro no banco. Esse é mesmo o Príncipe Encantado que eu estava esperando???
Só que o Príncipe soube utilizar seus poderes especiais para me conquistar. Primeiro, ele enfeitiçou o meu filho (um excelente atalho para alcançar o coração da mãe). Depois, soube como ninguém ser amigo nas horas mais árduas da minha caminhada, usando até de uma magia desconhecida para destravar meu coração e conseguir desabafos nunca antes revelados (o que me trouxe muita paz...). E, pouco a pouco, foi mostrando todas as suas qualidades. As diferenças ainda me preocupam e ainda trazem algumas turbulências. Mas pensar com calma sobre tudo isso me fez ver melhor o caminho que estou trilhando.
Espero ser mais hábil daqui para a frente, para pilotar melhor durante as turbulências. Juiz de Fora me trouxe a serenidade e a força que eu estava precisando para atravessar esta e outras dificuldades. Minha família me trouxe, mais uma vez, a certeza de que sou amada e querida. Meu filho me trouxe a alegria da vida, o sorriso franco, a possibilidade de rir mesmo nos momentos mais difíceis. E o Gustavo em trouxe o companheirismo, o carinho, a ternura e me fez ver que não estou sozinha na caminhada. Ele me deu a mão, compreendeu meus medos, receios e desequilíbrios. Me abraçou e me fez sentir segura. Agora é recomeçar a caminhada de onde parei, há quinze dias atrás...