Música - A lua que eu te dei

terça-feira, maio 31, 2005

Músicas e lembranças II

Mais uma da linha "Mulher com Passado". Esta música é a do Hector, um argentino muito especial que entrou na minha vida há mais de 7 anos para nunca mais sair. Amor ou amigo, ele sempre esteve "por perto" (virtualmente) em todas as situações importantes da minha vida, desde uma simples vitória em regata, primeira viagem em alto-mar e novos empregos, até o nascimento do meu filho. Por quê esta música? Porque ficará para sempre guardado em nossas lembranças o nosso único encontro, há alguns anos, quando ele olhou para o reflexo da lua nas águas do Lago Paranoá e me deu seus "diamantes": os pequeninos brilhos da lua na água...

A Lua q eu te dei

Posso te falar dos sonhos, das flores
De como a cidade mudou
Posso te falar do medo,
Do meu desejo, do meu amor
Posso falar da tarde que cai
E aos poucos deixa ver
No céu a lua que um dia eu te dei
Gosto de fechar os olhos
Fugir do tempo
De me perder
Posso até perder a hora
Mas sei que já passou das seis
Sei que não há no mundo
Quem possa te dizer
Que não é tua a lua que eu te dei
Pra brilhar por onde você for
Me queira bem
Durma bem
Meu Amor

Uma porta que se abre e a liberdade

segunda-feira, maio 30, 2005

Uma porta que se abre e a liberdade

Há alguns meses eu estava "conversando" pelo MSN com um colega que faz parte da mesma comunidade do Orkut que eu (Balzaquianos Solteiros do DF), de madrugada, quando ele diz que tem que desligar. Ia assistir um documentário na GNT sobre o livro "O Código da Vinci".
Eu já havia escutado sobre este livro, mas ainda não tinha encontrado oportunidade para lê-lo. Também havia visto a propaganda do documentário, mas lá eles não ligavam o assunto ao livro. Falavam de Maria Madalena e me interessou também. Porém, acabei não vendo os horários de exibição.

No fim das contas, eu é que desliguei o micro e fui ver o documentário, que tem pouco a ver com o livro. Na verdade, eles tentam encontrar provas consistentes sobre o que o livro (uma ficção bem fundamentada) afirma. Não encontraram, mas confirmaram várias outras informações dadas pelo autor e complementaram com outras, vindas de historiadores e (pasmem!) até padres. Foi uma janela que se abriu para mim, com a confirmação de algumas coisas que eu já sabia mesmo sem conhecer a História.

Cheguei a fazer a reserva do livro na biblioteca da minha faculdade, mas por um destes acasos da vida, eu não podia ir no dia em que ele ficou disponível para mim e eu deixei esta estória para lá.

Neste sábado, uma pessoa muito querida para mim me entregou a chave que abria a porta: o livro O Código da Vinci. A estória é muito boa e faria sucesso mesmo que nenhuma informação fosse verdadeira. Mas estórias como aquelas encontramos em diversos livros por aí. Eu mesma li pelo menos uns 5 livros muito bons somente este ano. O que faz com que este livro seja tão especial para mim é a complementação das informações que eu havia recebido lá atrás, com o documentário. E que as coisas começam a fazer mais sentido.

A porta está aberta e o novo caminho está ao alcance de apenas um passo. Mas é preciso paciência para dar este primeiro passo. No dia 06 de junho receberei outra chave muito importante para mim: a que me liberta de grilhões atrelados há 09 anos. No dia 06 eu entrego minha monografia. E isto significará que, após esta entrega, poderei estudar o que eu quiser e não mais o que eu precisar (pelo menos durante um tempo). Então, esta semana deve ser dedicada a terminar a minha tese e deixá-la pronta para ser apresentada. Isto é o mais importante agora.

O caminho continuará lá. O passo vai esperar um pouquinho para ser dado. E eu, que não sou uma pessoa que tem como principal característica a paciência, terei que treinar este meu lado para aguardar a hora certa de recomeçar. Resta o consolo de que falta muito pouco.

Artigo - Culpa

domingo, maio 29, 2005

Culpa de mãe

Hoje não vou escrever. Apenas vou reaproveitar algo que escrevi no ano passado e que está publicado em meu pobre site abandonado, o Gravidez Independente. Fala um pouquinho sobre a culpa que nós, mães, sempre sentimos. Vou colocar este artigo aqui porque pretendo falar sobre este assunto novamente em breve.

Para ler, basta clicar aqui

Músicas e recordações

sábado, maio 28, 2005

Músicas e recordações


Diz uma piada que o homem bom é aquele com futuro e a mulher boa é aquela sem passado. Acho então que nunca serei uma mulher boa...

Porque, para mim, o passado já passou. Foram tempos bons ou ruins, mas que passaram. E tudo o que ficou em mim foram as recordações...

Por isso, periodicamente irei colocar aqui músicas do meu passado, que me lembram fatos, pessoas, romances ou momentos. E começo com duas que me lembram um relacionamento que tive há alguns anos, com uma pessoa maravilhosa e que hoje, apesar de não nos falarmos constantemente, ainda somos amigos. O Marquinhos levou seu nome a sério e foi um "marco" divisor em minha vida, ajudando-me a crescer e amadurecer. Um beijão para você, meu amigo!

A primeira música marcou o tempo em que ainda estávamos juntos. A segunda, quando acabamos. Vale ressaltar que não sou fã de músicas sertanejas, mas esta tinha uma letra tão condizente com o que eu estava passando (embora tenha sido eu quem quis terminar), que resolvi abrir mão da minha convicção. Também não sou assim tão radical...

Contra o tempo
Rita Ribeiro

Corro contra o tempo pra te ver
Eu vivo louco por querer você
Morro de saudade e a culpa é sua
Bares, ruas, estradas, desertos, luas
Que atravesso em noites nuas
Só me levam pra onde está você
O vento que sopra meu rosto cega
Só o seu calor me leva
De uma estrela pra lembrança sua
O que sou, onde vou, tudo em vão
Tempo de silêncio e solidão
O mundo gira sempre em seu sentido
E tem a cor do seu vestido azul
Todo acaso finda em seu sorriso nu
Na madrugada uma balada soul
Um som assim meio rock n' roll
Só me serve pra lembrar você
Qualquer canção que eu faça tem sua cara
Rima rica, jóia rara
Tempestade louca no Saara
O que sou, onde vou, tudo em vão
Tempo de silêncio e solidão
Bom perdedor
Bruno e Marrone

Sei que você pensa em me deixar
E eu não vou impedir
Siga a sua estrela

Em todo caso eu digo que ficarei aqui, neste mesmo lugar
Se quem vai pode um dia voltar
Então esperarei

E quando alguém conquistar o seu amor
Não serei mais quem hoje eu sou
Acho que sei perder, acho que sei perder

Já não é preciso disfarçar
Essas lágrimas estão demais
Se é hora de ir, então vá

Sim é claro eu esperava te convencer
Mas é bom deixar a água correr
O que importa agora as palavras que eu não pude dizer?

E se o vento hoje sopra a seu favor
Eu não guardarei rancor

Acho que sei perder e não será a primeira vez
Hoje é você amanhã será quem for
Serei um bom perdedor
E meu mundo não vai mudar
Até que alguém ocupe seu lugar

Sim é claro eu esperava te convencer
Mas é bom deixar a água correr
O que importa agora, as palavras que eu não pude dizer?

E se o vento hoje sopra a seu favor
Eu não guardarei rancor

Acho que sei perder e não será a primeira vez
Hoje é você amanhã será quem for, for
Serei um bom perdedor
E meu mundo não vai mudar
Até que alguém ocupe seu lugar
Serei um bom perdedor
E meu mundo não vai mudar
Até que alguém ocupe seu lugar

Sei que você pensa em me deixar
E eu não vou impedir
Siga a sua estrela

De perto, ninguém é normal

quinta-feira, maio 26, 2005

De perto, ninguém é normal

Uma vez, minha irmã disse a uma amiga que ela era um "pára-raios de malandros". A expressão foi utilizada porque a menina só ficava ou namorava com caras que não prestavam e sempre faziam alguma cachorrada. Durante algum tempo eu fiquei a me perguntar se eu não era uma espécie de pára-raios de "homens-problema". E pensei mais nisso depois que minha amiga Ana me disse que eu devo gostar de sofrer.

Depois, passei um tempo me dedicando a pensar sobre isto. E cheguei a uma conclusão interessante. Não sou eu que atraio "homens-problema". Na verdade, eles não são exatamente "homens-problema". A realidade é que, de perto, ninguém é normal. Eu não sou, você não é, ele não é. Basta lembrar daquele advogado lindo que você conheceu na balada outro dia. Independente, bem sucedido profissionalmente, bom papo, etc. Aí vocês começam a se conhecer melhor e você descobre que ele mora sozinho há mais de 20 anos e que, freqüentemente, têm crises de depressão. Que é cheio de manias e que, no fundo, no fundo, acata tudo o que a mãe diz.

E aquela analista de sistemas que você conheceu naquele barzinho em que foi com os amigos? Bonita, inteligente e auto-suficiente. Nos dias em que se seguiram você foi descobrindo que toda aquela auto-suficiência era, na verdade, um modo de encobrir uma grande insegurança da parte dela. E que ela, inconscientemente, utiliza a tática de que a melhor defesa é o ataque.
Não estou querendo dizer que todas as pessoas do mundo são malucas ou psicóticas ou que todas elas escondem um lado negro. Só estou dizendo que todas têm seus problemas e que, até mesmo aquela pessoa que você considera maravilhosa, vai ter seus baixos. Isso é natural.

E, voltando à minha conclusão, percebi que o que acontece comigo é que não me deixo intimidar por estes problemas. Ele mora longe? A gente conversa e determina quem liga qual dia, quem vai para qual cidade em tal intervalo de tempo. Ele é muito apegado à família? Vamos dividir o tempo, para que uma coisa não interfira na outra e também programar algumas coisas que juntem os dois lados.

É claro que não é simples assim. E é claro também que nem todos os problemas são superáveis. Mas quando há uma disposição dos dois lados e uma vontade mútua de ficar junto, vale a pena enfrentar estas dificuldades. Afinal, eu também tenho os meus. Você não tem?

Certos e errados -

quarta-feira, maio 25, 2005

Certos e errados


Ontem recebi um texto da minha amiga Lú, que falava sobre o que é - realmente - ter um namorado. Ele fala sobre as particularidades boas de um namoro de verdade, daqueles em que tudo é gostoso, até fazer compras no supermercado. Apesar de bonito e envolvente, eu não gostei deste texto. Não gostei porque ele fala como se estivesse em nossas mãos ? logo nas nossas, pobres mortais ? estar ou não estar com "aquela" pessoa especial.

Inclusive, penso que tudo seria muito mais fácil se nós já nascêssemos com um dom premonitório super avançado, que nos dissesse dia, hora e local do encontro com a pessoa "certa". De posse de todos estes detalhes, poderíamos nos divertir à vontade com as pessoas "erradas" e ainda teríamos tempo de "arrumar a casa" para aguardar, pacientemente, a espera do nosso "escolhido" ? ou "destinado".

Infelizmente, as coisas não funcionam deste jeito. E a gente precisa errar e errar e errar até chegar no lugar certo. Mas não saímos incólumes de todos estes "erros" ? e eu não estou falando do sofrimento e nem da mágoa que possa ter restado. Todos estes "erros" também tiveram momentos felizes, também nos fizeram crescer, também nos ensinaram alguma coisa. Estes "erros" poderiam ter se transformado em acertos, se não tivesse faltado aquele detalhe, que pôs tudo a perder...

Mas eu, particularmente, não acredito que exista apenas uma pessoa certa para cada um. Eu acredito que exista a pessoa certa para o momento certo. E como a nossa vida é feita de milhares de momentos, existem muitas pessoas certas para cada um de nós. Assim como também temos muitos momentos de ficar sozinhos e de também aprender com isso.
E, se for para dar uma visão do amor, que seja esta que reproduzo aqui embaixo, que recebi hoje por e-mail.
Visão bem-humorada do amor
O amor não é algo que faz você sair do chão e te transporta para lugares que você nunca viu.
O nome disso é avião.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que você esconde dentro de si e não mostra para ninguém.
Isso se chama vibrador tailandês de três velocidades.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que te faz perder a respiração e a fala.
O nome disso é bronquite asmática.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que chega de repente e te transforma em refém.
Isso se chama seqüestrador.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que voa alto no céu e deixa sua marca por onde passa.
Isso se chama sujeira de pombo...
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que você pode prender ou botar pra fora de casa quando bem entender.
Isso se chama cachorro.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que lançou uma luz sobre você, te levou pra ver estrelas e te trouxe de volta com algo dele dentro de você.
Isso se chama alienígena.
O amor é outra coisa.
O amor não é uma coisa que desapareceu e que, se encontrado, poderia mudar o que está diante de ti.
Isso se chama controle remoto de TV.
O amor é outra coisa.
O amor é simplesmente... o amor.

Meus achados

Meus achados

Cavucando meus arquivos no computador, encontrei minhas poesias antigas. Resolvi então, postar algumas aqui... olha a coragem! Não são nada demais, apenas suspiros da minha alma naquele momento. Esta primeira eu escrevi em 98, pouco antes da minha separação:

Saudade a gente
Sente
Quando quem amamos
Está longe
Quando a gente ama
Mas se sente só
Quando dois são um
E estamos pela metade
Saudade dói lá dentro
E não pára de doer
Enquanto os dois
Não voltam a ser
Um só
16/03/98

Esta também:

Sentimento não se escreve
A palavra não traduz
Tudo que a gente sente
Amor é mais forte
A dor é mais forte
O coração tudo sabe
Tudo sente e vê
A palavra ajuda, ajuda muito
Mas quando se sente algo
Que palavra nenhuma diz
O que se deve fazer?
13/03/98

Esta eu escrevi cerca de um ano antes:

Viver a vida com intensidade
Saber viver cada minuto
Mas não somente viver
É preciso sentir, é preciso amar
Cada dia, cada hora, cada segundo
Amar a vida, amar alguém
Ter um amigo do peito
Amar o verde, amar sem medo
Viver de verdade
Viver de amor
16/10/97

Erros, erros e mais erros

terça-feira, maio 24, 2005

Erros, erros e mais erros

Fase de testes é dose, não é? A cada novo item que eu insiro neste blog, dá erro em todas as acentuações. Isso quando eu não insiro algo em um lugar errado e mexe com tudo.

Por isso, se você entrou aqui e encontrou uma bagunça tremenda, não se assuste! Me dê uns minutinhos e volte novamente depois... estou arrumando a casa!

Como eu disse a uma amiga hoje, eu tenho uma caracterí­stica que as vezes é qualidade e as vezes é defeito: a persistência. Quando eu realmente quero algo, eu vou atrás até conseguir... E eu quero os meus comentários de volta...hehehe

Ah...a simplicidade das coisas!

Eu sempre fui a favor de uma frase que diz que as coisas são sempre simples e que a gente é que as complica. E sei que as coisas são assim mesmo, porque vejo isto em mim. Eu sempre procuro fazer as coisas do jeito mais simples e transparente possível, mas de repente, quando vejo, lá estou eu novamente, complicando demais o que era pra ser simples e rápido.

Quis fazer este blog porque era um jeito simples de publicar tudo aquilo o que penso. Mas não servia o lay-out original, então lá¡ fui eu atrás de um template que traduzisse o espírito do que eu estava querendo transmitir. Resultado: fiquei até 3 da manhã "brigando" com o código HTML do template escolhido (aliás, longe de ser o perfeito, mas o que chegava mais perto), que resolveu não reconhecer a acentuação dos post que eu já havia feito.

Também entra nesta lista o meu último relacionamento. Era pra ser uma coisa simples, mas não foi. Era pra ser leve, mas não foi. Faltou alguma coisa, mais envolvimento talvez. Aliás, vale a pena abrir um "parênteses" para questionar: como se termina uma coisa que não começou? Confesso que sinto falta do tempo em que as ligações amorosas eram mais simples: vocês se beijaram? Então estão namorando! Ainda não passaram dos olhares? Ah, então ainda é paquera! Na maior parte das vezes, rolava um pedido de namoro, acompanhado ou não de flores. Atualmente, as coisas complicaram em vez de simplificarem! Você nunca sabe se está ou não namorando. Você nunca sabe se pode ou não ter determinada conversa ou reclamar de determinada coisa. Afinal, vocês nem estão namorando ainda!

Mas, voltemos ao último "relacionamento", mais exatamente ao ponto em que eu falava que faltou envolvimento. Não existe relacionamento verdadeiro sem envolvimento afetivo. Não dá para ter uma espécie de "assepsia": ou você se entrega ou as coisas não funcionam. Esta estória de não se envolver para não se magoar, definitivamente não funciona. Porque ou é só sexo, ou haverá um envolvimento, não dá para fugir disso. Eu sei que eu ando divagando demais, pois muito do que estou dizendo aqui não foi dito ou aconteceu neste meu caso, mas é que este tipo de coisa tem acontecido tão freqüentemente, que não dá para não comentar. Para este caso, especificamente, o que vale é: algo não funcionou, complicamos demais o que era pra ser simples e tudo virou uma boa amizade.

Ainda há outro item para ser acrescentado à lista das coisas simples que eu complico. Sabe quando você sabe que precisa iniciar uma conversa, mas não sabe por onde? Você sabe que é muito mais simples do que parece, mas o primeiro passo parece que será dado sobre um precipício. É como se, sobre aquele abismo, houvesse uma ponte invisível: você não a vê, mas sabe que ela está ali. Sabe que é só dar o primeiro passo, que depois disso as coisas acontecem naturalmente. Mas tem uma vozinha que fica martelando, lá no fundo: e se a ponte não existir mais? E se ela nunca existiu? E se você cair??

Por essa e por outras, ando complicando muito este último item. Era pra ser uma simples conversa... e está se tornando uma conversa complicada! E tudo isso porque sou do tipo de pessoa que não consegue tomar conhecimento de alguma coisa e fingir que ela não existe. Não consigo saber que posso estar - involuntariamente - magoando alguém e não fazer alguma coisa para, ao menos, esclarecer a situaçãoo. O problema está no tal do primeiro passo...

Eu me rendo!!

segunda-feira, maio 23, 2005

Tenho que confessar: nunca gostei muito de blogs. Sempre achei uma exposição desnecessária da vida, alheia ou própria. Mas tenho sentido falta... não tenho mais paciência de escrever agendas ou diários, coisas que eu fazia desde que era adolescente. Também "abandonei" minhas outras 2 páginas, por falta de paciência de atualizar, mandar por FTP, testar, nâo funcionou, descobrir cadê o erro, corrigir, mandar de novo...

Eu quero algo prático e simples (por coincidência, o mesmo que quero em um relacionamento - mas não consigo encontrar). Um cantinho para postar as músicas que tocaram meu coração, para postar as poesias que me encantaram, para colocar as fotos que registraram momentos bons e - por que não? - desabafar, quando for preciso.

Por tudo isso digo: seja bem vindo ao meu cantinho!

Diretamente do meu perfil do orkut

Como não sei por quanto tempo deixarei esta música lá, vou reproduzir aqui também. Acho que reflete bem o meu espí­rito de hoje:



Metade
Oswaldo Montenegro


Que a força do medo que tenho não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo que acredito não me tape os ouvidos e a boca.
Porque metade de mim é o que eu grito, mas a outra metade é silêncio.

Que a música que eu ouço ao longe seja linda, ainda que tristeza.
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada, mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida, mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor. Apenas respeitadas... como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos.
Porque metade de mim é o que ouço, mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora se transforme na calma e na paz que eu mereço.
E que essa tensão que me corrói por dentro seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que penso, mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.
Que o espelho reflita em meu rosto um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.
Porque metade de mim é a lembrança do que fui... a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.
Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar, porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer.
Porque metade de mim é a platéia e a outra metade é canção.

E que minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor e a outra metade... também

Para inaugurar...

Para inaugurar
Desenho de Giz
João Bosco
Quem quer viver um amor
Mas não quer suas marcas
Qualquer cicatriz
A ilusão do amor
Não é marca na areia
É desenho de giz
Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer, desejar, decidir
Aí­, diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir?
Aí­, minha boca me diz
Que prazer tem sorrir
Se ela não me sorri também?
Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor?
Eu sei que vocês vão dizer
A questão é querer, desejar, decidir
Aí, diz o meu coração
Que prazer tem bater
Se ela não vai ouvir
Cantar... mas me diga pra quê?
E o que vou sonhar
Só querendo escapar à dor?
Quem pode querer ser feliz
Se não for por amor?