Amo você

quinta-feira, março 30, 2006

Hoje acordei com vontade de fazer aflorar o meu lado mais brega. Mas por um excelente motivo, é claro!!

"Amo você,

Eu amo você!

Você tem carta branca nesse meu coração

Amo você!

Estou de corpo e alma entregue em suas mãos

Quero dizer,

Que ninguém no mundo vai te amar assim

É tanto amor, que esqueço até de mim"
Carta Branca - Araketu

Mais do mesmo

quarta-feira, março 29, 2006

Mais um pouquinho daquele livro que citei anteriormente - "P.S. Eu te amo"

"P.S. Nunca se aprendeu nada que valesse a pena em dez lições fáceis.

Eu te amo,
Mamãe"

"P.S. Durante uma entrevista, o ator Michael Caine contou que a mãe dele o estimulava a ser como o pato - calmo na superfície, mas por baixo sempre batendo os pés como o diabo.

Eu te amo,
Mamãe"

"P.S. Já observei que muitos de nós estamos gastando dinheiro que não fizemos por onde ganhar, para comprar coisas de que não precisamos,a fim de impressionar pessoas de que não gostamos.

Eu te amo,
Mamãe"

Memórias

terça-feira, março 28, 2006

Esta noite sentei-me no chão para assistir a uma das minhas séries favoritas. No meio do programa, olho para a estante que está a minha frente, logo abaixo da tv, e um livro me chama a atenção. Eu o pego e reconheço, com alegria, um livrinho que comprei em 12 de janeiro de1993 (uma das minhas manias é anotar no livro o dia em que o comprei), quando eu tinha 14 anos.

É o "P.S. Eu te amo - Quando Mamãe escrevia, ela sempre guardava o melhor para o fim", de H. Jackson Brown Jr. Ele selecionou, nas cartas que recebia da mãe, as mensagens que mais lhe agradaram e reuniu neste livro. Sempre gostei de lê-lo por causa de suas mensagens curtas, mas cheias de sabedoria e significados. Divido uma delas com vocês, mas também com o intuito de dedicá-la a uma pessoa em especial. Sei que ela vai entender quando ler...


"P.S. A coisa mais importante que um pai pode fazer pelos filhos é amar a mãe deles.

Seu pai faz a parte dele maravilhosamente bem.

Eu te amo,
Mamãe"

Meu P.S.: Eu também concordo que pai não é aquele que gera, e sim aquele que cria.

Presente que recebi:

Poema Novo

É dificil dizer,
se reconhecer de novo,
perdido na estrada,
buscando palavras,
pra mostrar o amor.

é dificil crer
e ter que mostrar
o que devia ser,
e estar no ar.
Te dou mais uma flor

pra ver
se o sorriso retorna
e cura nossa vida,
cicatriza a ferida
que causei sem querer!

E se não bastar,
meu carinho e olhar,
lhe tirar um suspiro,
meu amor em desespero
vira agora um novo tema
para mais este poema!

O retorno do Hakuna Matata

domingo, março 26, 2006



Esqueci de contar: desde o domingo passado (19/03) que a tripulação feminina do Hakuna Matata voltou a singrar as águas do lago Paranoá.

"Os seus problemas, você deve esquecer
Isto é viver, é aprender
Hakuna Matata!!"


Bons ventos...

sexta-feira, março 24, 2006

Finalmente parece que os bons ventos voltaram a soprar em minha vida: a partir da próxima semana não serei mas apenas dona de casa e mãe. Sim, finalmente consegui um emprego!!!!!

Obrigado a todos que me acompanharam, torceram, lutaram e venceram junto comigo. Vocês são maravilhosos!!

Rave

Retirado do blog O Piadista

Chantagista, eu??

quarta-feira, março 22, 2006

Sempre tentei ser uma pessoa correta. Talvez seja uma característica do meu signo (libra), mas sempre tentei ser justa, imparcial, ver os dois lados. É claro que nem sempre consegui, mas acho que valeu a pena tentar. Também sempre tentei fazer as coisas do jeito mais correto possível e achava algumas coisas o fim do mundo.

Ser mãe mudou bastante a minha visão das coisas. Eu era completamente contra a chantagem. Atualmente, estas frases abaixo têm feito parte do meu dia-a-dia:

"Se comer tudo vai ganhar suco"
"Se comer tudo vai ganhar beijo"
"Menino bonito não faz pirraça"
"Quer passear de carro? Então obedeça a sua avó e nada de pirraça"
"Não é mais bebê? Bebês é que usam fraldinha, criança usa cuequinha..."

Se eu fico com peso na consciência?? Nem um pouquinho!! rsrs

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P.S.: A Marcinha postou um comentário sobre o post "Eles crescem..." dizendo que os filhos querem crescer, mas para os pais eles serão sempre "os bebês da mamãe". Pois bem, o Vítor resolveu subverter esta teoria no momento em que eu comecei a me aproveitar que ele não quer mais ser bebê pra tirar as fraldas, pra comer, pra não fazer pirraça, pra não chorar na escola...

Agora ele fala: Vítor é bebê, é bebê! rsrs

Muita responsabilidade pro gosto dele!

Contradição

terça-feira, março 21, 2006

Passo os dias morrendo de sono. Quero dormir até meio-dia (claro que não posso), quero dormir a tarde inteira (claro que também não posso). Então chega a noite e eu vejo as horas passarem: meia-noite, uma, duas da manhã...

Se eu não sinto sono? Claro que sinto, muito!! Mas quem disse que eu quero dormir? Só não me pergunte o porquê. E se alguém souber, por favor me conte.

Todo dia ela faz tudo sempre igual - parte II

sexta-feira, março 17, 2006

Todos os dias eu brigo com o Vítor pra almoçar, pra colocar o uniforme e pra ir para a escola.

Todos os dias eu acesso o site da Catho e mando meu currículo pra todas as vagas de jornalismo, assistente administrativo, secretária e recepcionista que eu acho.

Todos os dias eu abro minhas caixas postais esperando uma resposta.

Todos os dias eu recebo os mesmos e-mails: correntes, informativos, arquivos pps com mensagens "lindas", avisos sobre o preço da gasolina, mudanças de telefone e endereço, entradas e saídas do orkut, mensagens "importantes" sobre vírus "destruidores"...

Eu vou sempre aos mesmos 2 bares (as vezes 3), ao mesmo shopping, às mesmas salas de cinema (pelo menos os filmes são diferentes), lancho nos mesmos lugares e pego filmes na mesma locadora.

Todos os dias eu dou banho no Vítor (2 ou 3), faço mingau, dou lanche, coloco pra dormir.

Todos os dias eu vejo praticamente os mesmos seriados e durmo à mesma hora.

Antigamente eu sabia a hora que eu acordava, mas nunca sabia a que hora iria dormir. Eu podia estar em Brasília ou em algum lugar do interior acompanhando uma invasão dos sem-terra. Eu podia ficar na assessoria ou visitando a nova usina hidrelétrica. Eu podia ficar no escritório ou cobrir a coletiva do ministro da educação. Eu podia ficar na matriz ou estar planejando o próximo jornal, festa de aniversariantes do mês ou o jornal mural da semana.

Antigamente eu ia sempre ao mesmo bar, encontrava as mesmas pessoas e ouvia as mesmas músicas. Mas todos os dias eu conhecia novas pessoas, conversava sobre assuntos diferentes e tinha uma novidade para ouvir ou para contar. E sempre terminávamos a noite em algum outro barzinho, tomando a "saideira".

Antigamente eu sabia onde estaria no fim de semana: dentro de um barco. As vezes passeando por lugares já conhecidos, as vezes conhecendo novos cantinhos, as vezes correndo regatas. As vezes com o Vítor, as vezes com saudade dele.

Antigamente eu poderia ser surpreendida por um buquê de flores no meio do dia ou por um cartão virtual.

Se ao menos isso fosse surpreendente, eu mandaria flores para mim mesma...

Eles crescem...

Diálogo comum há 6 meses:
(Vítor com 1 ano e 8 meses)

- Cadê o bebê bonito da mamãe??

E ele, batendo a mão no peito, dizia:

- Tá "ki" o bebê "bunito" da mamãe!!

Diálogo atual:
(Vítor com 2 anos e 2 meses)

- Cadê o bebê bonito da mamãe??

- Não é bebê, mamãe!!

- Não? Então o que o Vítor é?

- "Quiança"!

terça-feira, março 14, 2006

Enquanto eu fazia minha caminhada (é, finalmente tomei coragem para recomeçar), ouvi esta música e achei a letra um barato!!

P.S.: Pra quem não é muito ligado em instrumentos, isto é um surdo:

O Surdo
Alcione
Composição: Indisponível

Amigo, que ironia desta vida
Você chora na avenida
Pro meu povo se alegrar

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que pancada de amor não dói

Meu surdo, parece absurdo
Mas você me escuta
Bem mais que os amigos lá do bar
Não deixe que a dor
Mais lhe machuque
Pois pelo seu batuque
Eu dou fim ao meu pranto e começo a cantar

Meu surdo, bato forte no seu couro
Só escuto este teu choro
Que os aplausos vêm pra consolar

Meu surdo, velho amigo e companheiro
Da avenida e de terreiro,
De rodas de samba e de solidão
Não deixe que eu vencido de cansaço
Me descuide desse abraço
E desfaça o compasso do passo do meu coração

Amigo, que ironia desta vida
Você chora na avenida
Pro meu povo se alegrar

Eu bato forte em você
E aqui dentro do peito uma dor
Me destrói
Mas você me entende
E diz que pancada de amor não dói

Novidades náuticas - a realização de um sonho

sexta-feira, março 10, 2006

Meu pai tem um sonho antigo, que ele sempre alimenta: o de se aposentar e morar em um barco. Esta semana, mais um passo foi dado em direção à realização deste sonho. O casco chegou à Brasília, de caminhão, vindo de Petrópolis.
Até que ele esteja pronto para velejar levará ainda alguns anos, mas cada momento que leve à realização de um sonho é sempre digno de comemoração!!!








Depois da tempestade...


Hoje o dia foi muito mais tranquilo. Nem sinal daquelas nuvens carregadas de raios e trovões que desabaram em mim ontem. É bem verdade que também evitei um fato causador de stress: não levei o baixinho à aula. O resultado foi que passamos todos o dia muito bem, entre beijos e abraços.

Deixa o stress pra segunda-feira...

quinta-feira, março 09, 2006

As pessoas costumam reagir de modo interessante quando encontram outra triste por algum motivo: dizem que o problema dela não é tão grave assim, que existem milhares de pessoas com outros problemas piores. Ainda completam assim: "olhe pelo lado bom, pelo menos você tem..."
O resultado disso é que acabamos minimizando a dor que sentimos, nos achando indignos de sentir tristeza quando tanta gente pelo mundo sofre mais. Engolimos a dor e, se não conseguimos colocar isso pra fora, nos tornamos deprimidos, ganhamos gastrites, úlceras e até câncer.
Por isso, aviso logo: não minimize a minha dor! Sei que há guerras, fome e muita tristeza no mundo, mas a minha tristeza não é relevante e nem me torno indigna por colocá-la para fora. Na verdade, me sinto bem menos triste depois de passar algumas horas lavando a alma com minhas lágrimas...

Texto interessante, que li no blog "As Filhas do Dono". Vale a pena conferir!!

"Ah, como deve ser boa a vida das mulheres frágeis; elas sempre têm alguém que carregue os embrulhos, preencha o Imposto de Renda, troque o pneu do carro, e por aí vai. As fortes fazem tudo sozinhas, e são sempre chamadas nas horas do aperto: elas agüentam qualquer tranco, e são tão fortes que se metem até mesmo onde não são chamadas, para ajudar a resolver os problemas dos outros. Elas acreditam no personagem, veja só. É dura a vida das fortes, que não são poupadas de nada. Se alguém está com uma doença grave, é a elas que vão contar; se a namorada do sobrinho ficou grávida, são as primeiras a saber, e quando alguém da família é preso com uma trouxinha de maconha, são imediatamente chamadas para as providências de praxe... fora os problemas financeiros, é claro. Enquanto isso, os pais e mães desses jovens adoráveis estão tomando uma vodca na beira da piscina sem saber de nada... eles não agüentariam um choque desses e precisam ser poupados, porque são frágeis. Existe sempre alguém para cuidar dos frágeis, seja um parente, um amigo, até um vizinho, que bate na porta preocupado com o silêncio e para saber se ela está precisando de alguma coisa. Uma mulher frágil é mais frágil que um recém-nascido, e como os homens adoram o papel de protetores para se sentirem fortes e poderosos, é a união perfeita da fome com a vontade de comer. Quando elas ficam doentes, um verdadeiro exército é mobilizado; um leva revistas, o outro um embrulhinho com pêras, maçãs e uvas, e se ela não tem empregada não falta quem vá para a cozinha fazer uma canjinha. Preste atenção que vai perceber que essas mulheres frágeis são indestrutíveis. As fortes, na hora de uma crise de coluna, se arrastam até a geladeira para pegar um copo de água, e se alimentam o fim de semana inteiro com uma barra de chocolate, pois ninguém telefona para saber se precisam de alguma coisa. E elas, verdade seja dita, preferem morrer de inanição a pedir socorro, para não cair o tipo. Há uma pesquisa a ser feita: uma mulher frágil nasce frágil ou escolhe essa profissão para se dar bem na vida? Por que elas se dão bem, e sempre encontram um homem talvez ainda mais frágil do que elas para cuidá-las, acarinhá-las e cuidar para que nada as atinja, nunca? Afinal ela é tão frágil, coitadinha. Enquanto isso as fortes se acabam de trabalhar, e são elas que saem dos supermercados com pacotes de compras sem que ninguém se proponha a dar uma ajuda, mesmo que modesta. Somos todos estimulados a ser fortes, mas boa vida mesmo levam as frágeis, daí a dúvida: não seria melhor que as mães, os pais e os colégios ensinassem as crianças a ser frágeis, pois sempre haverá alguém para cuidar delas pela vida toda? E aliás, qual a vantagem de ser forte, além de saber que um dia alguém se referiu a ela dizendo "aquela é uma mulher forte"? Um grande elogio, é verdade. Mas e daí? Toda mulher forte tem desejos secretos que não conta nem a seu travesseiro: que alguém, e não é preciso que seja um homem faça um gesto por ela, de vez em quando. Nada de muito importante; apenas um cuidado, do tipo dizer que a está achando pálida, perguntar se tem se alimentado direito, pegar pelo braço e levar para tomar uma vitamina bem forte. Sabe qual é o sonho dourado de uma mulher forte? Ter uma gripe com 38º de febre e poder ficar na cama. Mas para ela até ter uma gripe é difícil, pois uma mulher forte não adoece; e se isso acontecer, o mais difícil vai ser receber ajuda, pois uma mulher forte não deixa que ninguém faça nada por ela, mesmo precisando desesperadamente, para não passar por frágil. E é capaz de preferir se deixar morrer de tristeza, solidão e sofrimento a pedir socorro seja a quem for. Como são frágeis, as fortes"...
Danuza Leão

Agradecimentos

É muito bom saber que nossas palavras não estão soltas ao vento. E é muito bom receber o retorno disso, saber as opiniões, os conselhos... Por isso, aqui eu quero agradecer aos que me deixam posts e recadinhos!!

MUITO OBRIGADA ãqueles que lêem e escrevem sempre!! MUITO OBRIGADA àqueles que lêem e escrevem de vez em quando!!

P.S.: Só para atualizar um pouco, o Vítor continua chorando todos os dias antes de ir para a escola e eu continuo com o coração apertado. Mas interrompemos o desfralde para que ele se sinta um pouquinho mais seguro com a situação. Espero que ajude...

Todo dia ela faz tudo sempre igual

terça-feira, março 07, 2006

E os dias passam, todos iguais, um atrás do outro. Em todos os dias faço exatamente as mesmas coisas, com pequenas variações. Me sinto cada dia mais envolvida nesta teia que me prende os movimentos e da qual não consigo sair. Me sinto tão presa, que chego a não ter vontade de fazer mais nada.

Nunca fiquei tanto tempo sem trabalhar. Nunca fiquei tanto tempo enfurnada dentro de casa. Nunca estive tão cheia de dívidas. Confesso que o desânimo me bateu e eu relaxei a procura. Depois de tantos "nãos", cheguei a perder parte da minha auto-estima e da minha esperança.

Não me sinto eu mesma sem minha independência. Não me sinto eu mesma quando dependo dos outros para tomar uma simples cerveja no bar ao lado ou comprar uma tinta para mudar a cor do meu cabelo. Não me sinto eu mesma quando penso que tenho quase 30 anos e ainda não tenho uma carreira, coisa que sempre tive. Não me sinto eu mesma sabendo que tão cedo não poderei ter o meu canto, para poder criar o meu filho do jeito que ele precisa e merece.

Eu sei, dinheiro não traz felicidade. E não falo por demagogia: falo porque sei que realmente não é garantia de que eu seria mais feliz se tivesse mais dinheiro. Mas o que eu preciso, primeiramente, é de um trabalho. O resto vem, são os frutos do que a gente planta. Mas esta colheita é a mais difícil da minha vida...

Ainda estou sendo provada como mãe. Deveria existir um livro de instruções que dissesse o que fazer e o que não fazer, com certeza. Mas são tantas teorias, práticas, experiências, tentativas e tudo o mais, que não sabemos onde pisar. Ainda mais quando se tem que tomar as decisões sozinha.

Achei que o melhor para o meu filho fosse ir para uma escolinha, ter contato com outras crianças, brincar mais, explorar toda a capacidade que sabemos que ele tem. Achei que isso fosse fazê-lo ser mais independente, ter mais segurança para fazer as coisas sozinho. Mas o que tem acontecido é exatamente o contrário: ele cada vez se agarra mais em mim, cada vez ele aceita menos a minha ausência, todos os dias ele chora ao ser deixado na escola.

Não sou uma mãe super protetora. Pelo menos não até onde eu sei e onde eu tento ser. A cada dia crio uma nova maneira de fazer com que ele vá sem chorar, uma criatividade sem tamanho. Achei que com o tempo isso passaria, mas ainda não passou. E não tem jeito, fico me perguntando: será que não estou agindo errado? Será que ele ainda não está pronto e eu o estou forçando? Cadê o caderninho com as respostas?

Ainda há outras questões assombrando minha cabecinha, mas ainda não estão maduras suficientemente para sair pelo mundo. Quem sabe depois que terminar o período de incubação?

Ano de eleições

quarta-feira, março 01, 2006

Piadinha que recebi por e-mail, do amigão Hector.
Um senador está andando tranqüilamente quando éatropelado e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro."Antes que você entre, há um probleminha". Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador.

-"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte:Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade".

-"Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso", diz o senador.

-"Desculpe, mas temos as nossas regras."

Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre eele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.

Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável. Que passa o tempo todo dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro Está esperando por ele. Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

-"E aí? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna".

Ele pensa um minuto e responde:

-"Olha, eu nunca pensei ... O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."

Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos. O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.

-" Não estou entendendo", - gagueja o senador - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"

O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:

-"Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."

Tudo o que é bom deve ser divulgado

Li este texto hoje no blog "Dia de Folga". Delicioso!!


"Você se lembra? Existiu um tempo em que tudo era simples.

Quando você caía, sempre havia um adulto amoroso por perto. O carinho acalmava o choro e o mercúrio-cromo curava o esfolado. Hoje, você ainda cai e chora, só que não há mais colo e as feridas não cicatrizam.

Você se lembra? Antigamente, partilhava os brinquedos por duas horas com o vizinho e ele se tornava seu melhor amigo. Hoje, partilha anos de convivência antes de atribuir a alguém esse título; às vezes, nem assim.

Lembra quando contava os seus segredos para a coleguinha da escola? Você foi aprendendo, à custa de muitas decepções, que as pessoas não são confiáveis. Descobriu que elas exploram as suas fraquezas e traem os seus segredos. Dissimulam. Trapaceiam. Mentem.

Você também descobriu que ninguém gosta dos fracos. E isso lhe deu força. Descobriu que os outros se aproveitam de quem fala o que sente. Isso incentivou-lhe a frieza.

Lembra quando você corria para o telefone e desabafava com uma amiga querida? Hoje, você pega o telefone e não disca, porque sabe que ela também tem problemas e não quer aborrecê-la com os seus. Ou, simplesmente, porque as crianças estão dormindo e o barulho da ligação as acordaria.

Lembra quando chorava no primeiro ombro que se oferecia? Hoje, é difícil chorar até quando ninguém está vendo.

Lembra que costumava achar que as suas aflições eram as maiores do mundo? Hoje, você racionaliza: tem família, amigos, casa, emprego, dinheiro. Seus dramas são tão insignificantes. Na verdade, são mesmo inexistentes. Tudo não passa de bobagem. Você só quer chamar a atenção.

Você se lembra de quando não se sentia tão só no mundo?"