Dia dos namorados

quarta-feira, junho 01, 2005

Dia dos namorados

O dia 12 de junho está chegando. E tenho visto as pessoas (as sem namorado, lógico) reclamarem que vão passar este dia sozinhas e que é deprimente ver os casais juntinhos por aí, principalmente com o bombardeio que a mídia faz.

Eu sou suspeita para falar. Primeiro, porque assisto pouco à televisão. Tenho um filho pequeno e durante o tempo em que ele está acordado, a tv está sintonizada na Discovery Kids (convenhamos que eles não se preocupam muito com esta data). Quando chega a minha vez, vejo meus seriados favoritos, cujas propagandas geralmente são sobre os demais programas do mesmo canal.

Mas meus passatempos favoritos são ler, ouvir música, velejar e ficar na internet. Graças a Deus, os livros, os cds e os barcos estão livres deste tipo de publicidade. E o pouco que vejo na internet não chega a me afetar.

De qualquer modo, não me sinto intimidada por esta data. Em anos anteriores, passei alguns dias dos namorados sozinha e outros namorando. Mas não me lembro de nenhum em especial, a não ser o primeiro que passei ao lado de alguém que eu gostasse de verdade e que, coincidentemente, foi a primeira vez que recebi flores.

Para mim, dia dos namorados é todo dia especial que se passa junto de quem se gosta. É aquele jantar de 2 meses de namoro, é aquele dia em que ele te traz um presente só porque viu na loja e achou a sua cara, é aquele fim de semana em uma pousadinha no campo.
E, para ser sincera, eu não vou sentir mais falta de um namorado no dia 12 do que sinto em todos os outros dias. Porque a falta que eu sinto não é do presente ou do jantar romântico. É da ligação no meio do dia só para dizer "oi", é do e-mail com uma música, é de ter alguém para compartilhar como foi o meu dia e escutar também.

Me lembro de um namorado que saiu de sua casa na Asa Norte, me pegou no Cruzeiro e me levou para o trabalho, no Setor Bancário Norte, para depois voltar para a Asa Norte. Isso porque me ligou para dizer bom dia e descobriu que eu tinha perdido a hora... Outro, com quem eu morei durante um tempo, sempre deixava bilhetinhos românticos quando saía de manhã e eu ainda estava dormindo. Houve também outro que era músico e tocava em um grupo de samba de roda. Sempre que eles tocavam minha música favorita, ele me ligava pelo celular para que eu a ouvisse.

São estes pequenos grandes gestos que fazem falta em minha vida. Por isso digo com certeza: não vou me importar em estar sozinha neste dia 12/06. Afinal, é apenas um dia como outro qualquer: todos os meses têm um dia 12...