Ah...a simplicidade das coisas!

terça-feira, maio 24, 2005

Eu sempre fui a favor de uma frase que diz que as coisas são sempre simples e que a gente é que as complica. E sei que as coisas são assim mesmo, porque vejo isto em mim. Eu sempre procuro fazer as coisas do jeito mais simples e transparente possível, mas de repente, quando vejo, lá estou eu novamente, complicando demais o que era pra ser simples e rápido.

Quis fazer este blog porque era um jeito simples de publicar tudo aquilo o que penso. Mas não servia o lay-out original, então lá¡ fui eu atrás de um template que traduzisse o espírito do que eu estava querendo transmitir. Resultado: fiquei até 3 da manhã "brigando" com o código HTML do template escolhido (aliás, longe de ser o perfeito, mas o que chegava mais perto), que resolveu não reconhecer a acentuação dos post que eu já havia feito.

Também entra nesta lista o meu último relacionamento. Era pra ser uma coisa simples, mas não foi. Era pra ser leve, mas não foi. Faltou alguma coisa, mais envolvimento talvez. Aliás, vale a pena abrir um "parênteses" para questionar: como se termina uma coisa que não começou? Confesso que sinto falta do tempo em que as ligações amorosas eram mais simples: vocês se beijaram? Então estão namorando! Ainda não passaram dos olhares? Ah, então ainda é paquera! Na maior parte das vezes, rolava um pedido de namoro, acompanhado ou não de flores. Atualmente, as coisas complicaram em vez de simplificarem! Você nunca sabe se está ou não namorando. Você nunca sabe se pode ou não ter determinada conversa ou reclamar de determinada coisa. Afinal, vocês nem estão namorando ainda!

Mas, voltemos ao último "relacionamento", mais exatamente ao ponto em que eu falava que faltou envolvimento. Não existe relacionamento verdadeiro sem envolvimento afetivo. Não dá para ter uma espécie de "assepsia": ou você se entrega ou as coisas não funcionam. Esta estória de não se envolver para não se magoar, definitivamente não funciona. Porque ou é só sexo, ou haverá um envolvimento, não dá para fugir disso. Eu sei que eu ando divagando demais, pois muito do que estou dizendo aqui não foi dito ou aconteceu neste meu caso, mas é que este tipo de coisa tem acontecido tão freqüentemente, que não dá para não comentar. Para este caso, especificamente, o que vale é: algo não funcionou, complicamos demais o que era pra ser simples e tudo virou uma boa amizade.

Ainda há outro item para ser acrescentado à lista das coisas simples que eu complico. Sabe quando você sabe que precisa iniciar uma conversa, mas não sabe por onde? Você sabe que é muito mais simples do que parece, mas o primeiro passo parece que será dado sobre um precipício. É como se, sobre aquele abismo, houvesse uma ponte invisível: você não a vê, mas sabe que ela está ali. Sabe que é só dar o primeiro passo, que depois disso as coisas acontecem naturalmente. Mas tem uma vozinha que fica martelando, lá no fundo: e se a ponte não existir mais? E se ela nunca existiu? E se você cair??

Por essa e por outras, ando complicando muito este último item. Era pra ser uma simples conversa... e está se tornando uma conversa complicada! E tudo isso porque sou do tipo de pessoa que não consegue tomar conhecimento de alguma coisa e fingir que ela não existe. Não consigo saber que posso estar - involuntariamente - magoando alguém e não fazer alguma coisa para, ao menos, esclarecer a situaçãoo. O problema está no tal do primeiro passo...

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