Volvo Ocean Race - Começa a Sétima Perna

quinta-feira, maio 11, 2006


Brasil 1 animado para a largada hoje, às 14 horas

Animados pelos últimos resultados na VOR, os tripulantes do Brasil 1 partem nesta quinta-feira (11/05) para a sétima perna, que sai de Nova York, nos Estados Unidos, e chega a Portsmouth, na Inglaterra, com a confiança em alta. Desde o início da competição, em novembro, que nossa galera não tinha uma seqüência tão boa.

Em Baltimore, o time foi o segundo colocado na regata local. Na sexta etapa, de Annapolis a Nova York, o BR1 terminou na terceira posição, conquistando seu quarto pódio no "torneio" (foi segundo na in-port de Sanxenxo e terceiro na etapa entre Vigo e Cidade do Cabo).

"Esses dois resultados seguidos dão ânimo novo. Principalmente porque agora subimos também na colocação geral. Estamos em quarto lugar, empatados com os holandeses. Passamos um tempão na quinta colocação e ver que estamos nos recuperando é sensacional", disse nosso comandante.

Um dos motivos para essa recuperação é o entrosamento da equipe. "Nas últimas etapas, estamos finalmente acertando e velejando muito bem, sem erros. Sempre confiamos no barco e temos certeza que ele é rápido, mas não estávamos velejando bem. Agora, estamos escolhendo os lados certos, acertando as manobras. Isso faz diferença", fala Joca Signorini.

A confiança é ainda maior quando se lembra que durante metade da perna o barco velejou com uma armadilha de pesca presa à quilha. "Psicologicamente, foi muito bom. Antes de tirar as linhas, víamos os outros barcos chegando e passando muito rápido. Largamos tão bem e perdemos as posições rapidamente. Mas quando liberamos a quilha, todo mundo acendeu de novo", declarou o mergulhador André "Bochecha" Fonseca que safou a tralha.

A sétima etapa terá 3.200 milhas náuticas e atravessará o Atlântico norte em aproximadamente oito dias. O objetivo da perna é quebrar o recorde transatlântico, entre o farol de Ambrose, em NY e a Ponta Lizzard, na costa inglesa. "Pode ser uma etapa bem rápida, se encontrarmos as condições ideais. Esse percurso é histórico e tenho certeza de que a organização o colocou lá para quebrarmos o recorde", pondera Joca.

Mas não vai ser fácil. Após uma das etapas mais cansativas da Volvo, os velejadores tiveram apenas dois dias para se preparar para mais uma pedreira e pela previsão do navegador Marcel van Triest, os dois primeiros dias da etapa serão tão difíceis quanto a chegada a Nova York. "Assim que sairmos de Nova York, vamos ter contravento forte. Essa é uma das condições que mais castigam os velejadores e o barco", explica Torben.

Por causa das condições esperadas a equipe chegou a pensar em tomar a penalidade de duas horas e usar a ajuda da tripulação de terra para fazer alguns consertos, mas desistiu. Dos sete barcos da competição, apenas o espanhol Movistar, com problemas no sistema de "moedores" das catracas, vai tomar a penalidade.

No caminho até a Inglaterra, os competidores terão pela frente o último portão de pontuação da Volvo, o famoso Lizzard Point. Segundo os velejadores, esse portão será uma espécie de bônus. "Vamos velejar 90% da perna antes desse portão. A distância entre ele e a chegada é pequena e vai ser muito difícil as posições se alteraram muito", analisa Turbina. "Mas temos que lembrar também que ultrapassamos dois barcos aqui na entrada do Hudson, então, tudo pode acontecer". E se Deus quiser vai acontecer pro bem!! Fique ligado!!

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